Carros do futuro

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Descubra as coisas que os carros do futuro poderão fazer. Novas tecnologias estão chegando.

Ainda falta um bom tempo para os carros voadores, previstos pelo escritor Júlio Verne, cheguem às ruas. Mas, se eles ainda não poderão voar, muitas coisas que parecem sair da ficção científica estarão disponíveis em breve. Estes são os carros do futuro…

Carros conectados, não poluentes e autônomos são algumas das tecnologias que poderão estar disponíveis nos próximos anos. Karts elétricos já estão sendo testados nas pistas. Eles não poluem o meio ambiente e já têm autonomia de quatro horas até que seja necessária uma nova recarga.

O aprimoramento da segurança é outra possibilidade que parece estar bem próxima. Isto depende, no entanto, do empenho dos governos em aprimorar e atualizar as legislações de trânsito. Muitos itens de segurança já estão disponíveis nos EUA e na Europa, mas não no Brasil, porque as leis não obrigam as montadoras a equipar os carros destinados ao mercado. Alguns carros da Honda, vendidos no Brasil, já contam com itens futurísticos. A tecnologia e segurança é diferencial da marca e peças de reposição podem ser encontradas facilmente em sites do tipo PecasAuto24.pt.

Motores elétricos

Os motores movidos a energia elétrica serão cada vez mais comuns daqui para a frente. A indústria espera superar o problema da limitação das cargas (atualmente, entre 200 km e 400 km). A Tesla, uma das maiores montadoras do mundo, abriu as suas patentes para que qualquer empresa possa utilizas as suas tecnologias.

Para garantir maior autonomia, já existem tecnologias disponíveis. A Audi apresentou em 2018 o modelo TT Off Road, com baterias que são carregadas sem fio. Os motoristas só precisam passar por placas de indução (instaladas no chão) para que as baterias sejam recarregadas.

Outra forma de carregar as baterias enquanto os carros estão em movimento foi desenvolvida pela Ford. Um concept car do modelo C-Max Energy Solar foi apresentado no início de 2018. O teto é equipado com placas solares, que captam energia para as baterias. Por enquanto, para uma carga mais rápida, ainda é necessário recorrer à tomadas elétricas.

O meio ambiente agradece. Os combustíveis fósseis são os principais vilões contra a sustentabilidade, mas os combustíveis renováveis (como etanol e biomassa) também contribuem para a poluição do ar.

Novas tecnologias

Além da possibilidade do uso de robôs como motoristas, existem projetos envolvendo a montagem de carros com impressoras 3D, biometria para identificar o condutor e os passageiros e até mesmo realidade virtual para a condução dos carros.

A montagem em impressoras 3D parece ser a tecnologia mais próxima. Os testes já estão avançados e, em 2019, será possível vê-los nas ruas. Este fato deverá melhorar a qualidade de produção e reduzir os custos. Os projetos mais avançados estão no Japão e nos EUA.

Uma das tecnologias mais promissoras está sendo desenvolvida pela multinacional Polymaker, com sede nos EUA e filiais na Holanda e China. O modelo LSEV conseguiu reduzir de mais de duas mil para apenas 57 componentes plásticos dos carros do futuro.

Os vidros, motor, câmbio e assentos são feitos com a mesma tecnologia dos veículos tradicionais. No entanto, o peso é significativamente reduzido: o LSEV pesa apenas 450 kg (um VW Gol 1.0 tem quase o dobro: 901 kg). Estima-se que o modelo chegará às concessionárias com o preço de R$ 32 mil, similar ao dos carros populares brasileiros.

De acordo com o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), que afirma ser a maior entidade técnica e profissional da área de engenharia, diz que os carros do futuro serão muito diferentes dos atuais. Em 30 anos, é muito provável que os automóveis não tenham volante, freios, aceleradores em sem queima de combustíveis.

Biometria

A biometria já está presente em celulares, terminais eletrônicos e começa a dar as caras nos computadores. Na indústria automobilística, no entanto, a presença ainda é tímida. Atualmente, o item mais comum é um sensor que só permite a ignição com as digitais cadastradas previamente.

A empresa americana Gentex apresentou, na CES 2017, maior feira de lançamento de eletrônicos do mundo, um dispositivo que lê a íris, para ser instalado em carros. Sem o reconhecimento do motorista, o carro não pode ser ligado.

A Subaru já apresentou, em 2018, um sistema de reconhecimento facial, que está presente no modelo Forester. Além de franquear o acesso aos controles do carro, o sistema também detecta sinais de fadiga no motorista e envia mensagens caso ele esteja prestes a cair no sono.

Existem outras possibilidades para a biometria. No médio prazo, equipamentos poderão identificar as condições de saúde do motorista. Enquanto dirige, o condutor terá identificados os sinais vitais. Um eletroencefalograma poderá ser instalado no encosto de cabeça, enquanto um sensor preso ao cinto de segurança poderá mensurar os batimentos cardíacos.

Os dados poderão ser enviados para o médico particular e também serão úteis para auxiliar o trabalho dos paramédicos, em casos de acidentes e traumas. Estas tecnologias deverão ser disponibilizadas na década de 2020.

Realidade virtual

A realidade ampliada, já presente em computadores, smartphones e tablets, poderá estar em breve nos para-brisas dos carros do futuro. A tecnologia deverá chegar com força nas montadoras, superando inclusive os veículos autônomos, que trafegam sem a necessidade de um condutor humano.

Já existem modelos comerciais que fornecem algumas informações no para-brisa. A realidade ampliada, no entanto, deverá estar mais presente: os motoristas poderão consultar mapas, informações sobre o trânsito e dados sobre as condições de trafegabilidade do automóvel.

Na CES 2018, realizada em Las Vegas (EUA), a empresa suíça Way Ray apresentou um equipamento capaz de aumentar a realidade ampliada nos carros – e ele já está pronto para ser comercializado.

Trata-se do Navion, montado junto ao para-brisa, equipado com uma câmera. A nova tecnologia combina dados de navegação e outras informações, como a aceleração do carro e a distância (e tempo) até o destino. O fabricante já está negociando com diversas montadoras.

Inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) é a base dos carros autônomos. Ela permite que um computador de bordo trace rotas, identifique trajetos com melhor tráfego e, em alguns casos, dispensa a atenção do motorista à condução do carro: o sistema dirige sozinho e é capaz de identificar obstáculos, sinais de aceleração ou desaceleração dos veículos próximos e até estacionar o carro sozinho.

Esta tecnologia começou a estar presente nos carros novos (inclusive no Brasil, o VW Virtus) em 2015. Do total de veículos montados, 8% contavam com IA. Este percentual deve duplicar até 2025, mas a China saiu na frente e pretende ter metade da sua frota equipada até 2020.

A IA não se limita a oferecer itens de segurança e navegabilidade. O sistema permite o acesso a uma série de opções de lazer, como música, telefone e vídeo controlados apenas pela voz, sem necessidade de acionar botões.

Os carros do futuro, de acordo com os técnicos, conseguirão aprender com os seus proprietários. Eles saberão identificar a estação de rádio preferida, o ajuste mais adequado do condicionador de ar e enviarão mensagens caso o “condutor” esteja atrasado para um compromisso.

Carros sem motorista

Não é o caso das atuais possibilidades: os carros sem motoristas irão realmente liberar os motoristas dos comandos. Praticamente todas as montadoras já desenvolveram projetos neste sentido. E a pesquisa não se limita às montadoras: o Google e a Apple também estão procurando desenvolver tecnologias: as montadoras já estão negociando para obter os sistemas operacionais Android Auto a Car Play.

As empresas Regus e Rinspeed já apresentaram o conceito de um carro em que é possível voltar os bancos dianteiros para os traseiros, transformando o veículo em uma sala de reuniões, ou apenas o local para um bom bate-papo.

No futuro, carros com motoristas serão raros. Os veículos saberão deslocar-se de um ponto a outro, desviando de obstáculos, com muito mais segurança do que atualmente o fazem os condutores humanos.

Apesar das inovações que já estão trafegando, a dispensa total dos motoristas ainda deve demorar: estima-se que, entre dez e 15 anos, esta tecnologia esteja presente em apenas 25% do total da frota. Recentemente, ocorreram alguns acidentes e, apesar de a perícia ter afirmado que eles dificilmente poderiam ser evitados com um humano na direção, estes fatos demonstram a necessidade de mais estudos.

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